Greve de caminhoneiros coloca em alerta exportadores de aves e suínos

Via Época Negócios | www.epocanegocios.globo.com
Contrária à greve, CNTA manifesta necessidade de trabalhar
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) está em alerta com possíveis efeitos da greve de caminhoneiros iniciada nesta segunda-feira, temendo problemas no transporte de carne de aves e suínos e nas exportações, em um mês considerado crucial para o setor, disse a entidade em nota.
A greve pode ser ainda mais prejudicial por causa da época do ano, segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra. Em entrevista à Agência Estado, ele disse que os setores de aves e suínos esperavam recuperar os atrasos registrados em 2015 por causa da greve dos mesmos caminhoneiros no início do ano, da paralisação dos fiscais federais agropecuários e também das interdições portuárias no Sul do país em virtude de problemas climáticos.
“Esta seria a hora mais estratégica para conseguirmos bons números no ano”, afirmou Turra. Segundo ele, novembro é um período crucial para as indústrias com o aumento da demanda interna por causa das Festas de fim de ano e com o movimento de formação de estoques de países importadores.
“Há cerca de 20 dias, quando recebemos as primeiras notícias sobre a possibilidade de greve, entramos em contato com o governo, já que os caminhoneiros alegam que às reivindicações da primeira greve não haviam sido atendidas”, disse. “É muito nocivo o que está acontecendo para toda a cadeia produtiva.”
“Há a ração e o pintainho que precisam chegar à granja; o frango tem o dia certo para ir para o abate e, depois, precisa ir a uma câmara fria para, na sequência, chegar a um porto ou um supermercado, dentro de um limite de dias. Toda cadeia se complica e ninguém tem espaço para ficar estocando”, comentou Turra. Ele disse que a ABPA já estuda medidas legais para liberar o transporte dos produtos, como fez no começo do ano.
CNTA
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) informou nesta segunda-feira que os caminhoneiros representados pela entidade se manifestaram pela necessidade de trabalhar, numa referência às paralisações pontuais ocorridas no Brasil hoje.
“Ao consultar a sua base de representação, a CNTA e as entidades que a compõe, federações e sindicatos, optam pela defesa dos interesses dos caminhoneiros, por meio do diálogo e negociação com o governo federal e setor privado”, informou, em nota, o presidente da CNTA, Diumar Bueno.
“Consultada a categoria, ela manifesta sua necessidade de trabalhar e não de paralisar. Até porque a dificuldade econômica por que passamos, não é exclusividade dos transportadores rodoviários, e sim de todo o país”, completou.
No documento, sem citar nomes, a CNTA criticou as lideranças da paralisação de hoje e informou que “antes de qualquer pessoa se intitular uma liderança e promover uma paralisação nacional é preciso partir da premissa que uma crítica deve vir acompanhada de uma sugestão”. E emendou: “gritos de ordem incitando protestos podem conseguir apoio e simpatia, mas sem propostas concretas de nada adiantam”.
Além de pregar o diálogo com o governo e de reconhecer a “frustração” com a situação econômica do Brasil a CNTA informou acreditar “em uma guinada” na crise do País, a exemplo de outras nações que, “com a luta e apoio da população, de forma inteligente e organizada, viraram o jogo e estão novamente em crescimento”.
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